curió praia
🎥 Convite Especial! Venha Conhecer a História de Ademar e o Curió Ana Dias! 🐦🌟
Caros criadores e amantes de aves, temos um tesouro para compartilhar com vocês! Nesta emocionante entrevista gravada no Clube dos Curiózeiros, em Santos, litoral de São Paulo, Ademar, aos 12 anos de idade, nos presenteia com um relato precioso sobre a captura do famoso Curió Ana Dias.
📺 Assista à Entrevista Aqui: Clique aqui para assistir
Ademar, enquanto estava entre nós, nos brindou com este relato magnífico, revelando os detalhes da jornada para capturar o lendário Ana Dias. Este é um verdadeiro tesouro, uma relíquia que agora temos o privilégio de assistir ao vivo e a cores.
Não percam a oportunidade de se emocionar e aprender com essa história única, que nos conecta com a riqueza da cultura dos curiós. 🌟
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Entrevista com Ademar sobre o Curió Ana Dias
José Alves: Muito bem, pessoal. Estou aqui com mais um amigo, e eu quero fazer uma entrevista com esse grande amigo. Em primeiro lugar, qual é o teu nome?
José Alves: Muito bem, pessoal. Estou aqui com mais um amigo, e eu quero fazer uma entrevista com esse grande amigo. Em primeiro lugar, qual é o teu nome?
Ademar: Ademar.
José Alves: Ademar, fiquei sabendo que você foi o rapaz que capturou o famoso curió Ana Dias. Isso é verdade?
Ademar: É verdade. Ana Dias foi caçado pelo meu tio em 1955, em Miracatu. A gente estava viajando para Santos e fomos fazer uma refeição em Ana Dias. Ele fugiu, porque naquela época eram poucas gaiolas de arame. Então, se usava muito aquelas gaiolas de bambu, de uvac, que eram feitas lá mesmo. A gaiola caiu de cima da mesa e quebrou, e o passarinho foi embora. A gente ficou três dias para pegar esse passarinho, porque em Ana Dias o canto do curió é ruim, assemelha a um praia. Pegamos esse passarinho, e a única coisa que ele cantava era o praia. Esse passarinho foi levado para São Paulo, onde o primeiro torneio que teve no CA e Pesca na Ponta da Praia, ele já apareceu com um canto perfeito. Naquela época era perfeito, não existia clássico, e ele ganhou o primeiro lugar. Esse passarinho ficou famoso, passou pela minha mão, depois passou para a mão do Violão, e depois para vários curiozeiros. Por último, ele caiu na mão do finado João Massarela, que vendeu para o Valter Moretti. Então, ele se tornou famoso como Ana Dias porque ele foi caçado em Ana Dias, mas ele não é de Ana Dias, ele é de Miracatu. O canto de Ana Dias é ruim, você entendeu? Então é isso aí. É uma pena que morreram grandes curiozeiros da Baixada Santista que foram donos do Ana Dias, como o Violão, o Antônio Comprido e outros que não me lembro o nome. Por último, ele caiu na mão do finado João Massarela, que conseguiu vender o curió para São Paulo. Quando voltou, voltou o fenômeno que é o Ana Dias de hoje. Ele foi caçado em 1955 e morreu por volta de 1985, no dia 21 de abril.
José Alves: Perfeito. Mas eu quero saber mais. Me diga o nome de quem foi a pessoa que caçou ele, e eu quero que você também me conte como foi esse episódio, como foi a captura desse curió.
Ademar: Foi em Miracatu, no litoral sul, onde existe muito arrozal. Ele foi caçado num ponto onde não se juntava com os outros curiós. Meu falecido pai sempre foi curiozeiro. Eu sou de Registro, nasci em Registro.
José Alves: Então quem caçou ele na verdade foi o seu pai?
Ademar: Foi meu pai que caçou.
José Alves: Qual é o nome dele?
Ademar: Augusto Silvestre.
José Alves: Augusto Silvestre do quê?
Ademar: Augusto Silvestre Cotinho.
José Alves: Olha só, então registrado aqui. Quem caçou o curió Ana Dias, o tão famoso Ana Dias, que deu origem a tantos outros pássaros, foi seu pai. Ele tinha quantos anos na época?
Ademar: Naquela época, meu pai tinha uns 52 anos, por aí.
José Alves: E você tinha quantos anos?
Ademar: Eu tinha 12 anos. Eu nasci em 1946.
José Alves: Então você viu esse curió?
Ademar: Vi, eu vi esse curió. Participei com ele, e ele andava de mão em mão. Foi quando o Valter Moretti se interessou pelo canto dele, levou para lá e formou-se um grande Ana Dias.
José Alves: Então você conviveu com ele na sua casa. Quanto tempo mais ou menos ele ficou dentro da sua casa?
Ademar: Um ano, um ano e meio. Naquela época, não se vendia curió, se trocava muito. A gente fazia muitos rolos aqui na Baixada Santista. Esse curió também foi de um grande curiozeiro de Santos, o falecido André do Joque, o finado Violão, e Antônio Comprido. Ele passou por muitas mãos. Foi quando, na barreira de Santos, que não existia clube, a barreira era no Curvão do Marapé, aqui pertinho da sede. O Valter Moretti se interessou pelo passarinho e levou para São Paulo.
José Alves: Você chegou a saber se esse curió chegou a criar?
Ademar: Não, esse curió nunca chegou a criar, porque naquela época não existia isso. Geralmente a gente fazia os curiós do mato. Não tinha negócio de criação porque o Ibama não dava em cima. A gente pegava curió de Ribeirão Vermelho, Miracatu, Ana Dias e Registro, Iguape, tudo Beira-Mar. Ou seja, a criação era mateira mesmo. Pegava filhote ou já adulto.
José Alves: Ele foi caçado preto?
Ademar: Foi caçado preto, não veio pardo, ele foi caçado preto. Meu pai conseguiu pegá-lo assim.
José Alves: É muito interessante ouvir essa história. Eu fico muito contente de saber como foi a história que dá origem a esse monumento que é o Ana Dias. Eu acho que o que fez com que o Ana Dias se tornasse famoso foi a divulgação e a melhoria do canto dele também. Hoje, todos os CDs tocam o Ana Dias. Foi melhorado, claro, ele não cantava do jeito que é hoje, mas foi melhorado, não é?
Ademar: Foi sim, foi bem melhorado. Naquela época, o disco só melhorava o passarinho. Então qual curiozeiro não colocava um bolachão para ensinar o Ana Dias? Mas isso já foi bem depois. Naquela época, ele repetia muito, mas cantava o praia puro. Quando ele foi para São Paulo, não levou um ano e ele voltou para a Baixada Santista para competir no clássico aqui na Ponta da Praia.
José Alves: Eu estou aqui conversando e entendendo como foi a captura desse pássaro. Quero deixar claro que hoje ele não faz mais isso. Hoje ele cria de forma legalizada. Ademar, nos conte como é a sua criação hoje.
Ademar: Se o Ana Dias fosse um criador, quanto valeria um filhote do Ana Dias? Hoje, a criação é diferente. Não é como os curiós do mato. Os curiós que temos agora são prefabricados. Você não pode botar perto do outro, vai perder o canto. Os curiós do mato eram diferentes, você podia ter muitos juntos sem problemas. Hoje, é muito diferente. O Ibama aperta. Naquela época, era tudo livre. Hoje, tudo é legalizado, temos que seguir as regras do Ibama. Eu tenho um plantel de curiós legalizados, todos com nota fiscal.
José Alves: E a genética dos pássaros que você tem hoje, de quem é?
Ademar: Eu tenho a documentação, mas de cabeça não lembro. Um dos curiós que comprei por R$8000 é criação do Marquinho do Campo Limpo de São Paulo. A fêmea que tenho paguei R$4000, também de São Paulo. Tudo legalizado, com nota fiscal.
José Alves: Então, pessoal, ele está falando de valores porque é criador comercial. Tudo dentro da lei. E você está com quantos anos?
Ademar: Estou com 76 anos. Nasci em 1946.
José Alves: Um jovem garoto. Aprendeu a caçar curió com quantos anos?
Ademar: Aprendi a caçar curió cedo, já caçava em Registro. Aprendi a criar curió aqui em Santos. Já fui até juiz de concurso.
José Alves: Estou muito contente de estar conversando com um ícone do mundo dos curiós, que viu presencialmente o curió Ana Dias.
Ademar: Vi todos eles. Ana Dias, Patrício, entre outros. Ana Dias foi caçado pelo meu pai. Gostaria que ele estivesse aqui para contar a história. Ele se destacou, ficou famoso no Brasil inteiro.
José Alves: Até no Rio de Janeiro, Brasília, todo mundo conhece. Igual a ele não vai existir mais. E ele está empalhado hoje, não é?
Ademar: Está empalhado em Piracicaba, numa gaiola de vidro. Só tem dois rabinhos, o resto caiu. Fui lá ver. Dá uma saudade. Peguei ele na mão, já preto.
José Alves: Viveu muito, não é? Viveu bem.
Ademar: Viveu bem. Eu quero agradecer por você ter concedido essa entrevista. Deixe um recado para quem está começando no mundo dos curiós.
Ademar: É difícil, o canto do curió mudou muito. Quem está começando agora tem curió, mas não sabe o que é o canto de um bom curió. Aprender o que é uma virada num curió samaritano é difícil. Tenho amigos que não sabem o que é um curió. Eu aprendi com pessoas que me ensinaram, mas hoje ninguém quer ensinar.
José Alves: Para quem está chegando, tem muito material hoje em dia.
Ademar: Tem sim. Eu pensei que meus filhos iam ser curiozeiros, mas ninguém quis. Contamos no dedo os curiozeiros. E os clubes estão fracos, não tem incentivo. Precisa fazer eventos para atrair a juventude.
José Alves: Ademar, agradeço pela entrevista. É uma honra conversar contigo.
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Ademar, enquanto estava entre nós, nos brindou com este relato magnífico, revelando os detalhes da jornada para capturar o lendário Ana Dias. Este é um verdadeiro tesouro, uma relíquia que agora temos o privilégio de assistir ao vivo e a cores.
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Entrevista com Ademar sobre o Curió Ana Dias
José Alves: Muito bem, pessoal. Estou aqui com mais um amigo, e eu quero fazer uma entrevista com esse grande amigo. Em primeiro lugar, qual é o teu nome?
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